quinta-feira, 7 de outubro de 2010

val em Conto

O shortinho de Mariana

Everton foi colega de Mariana a partir da segunda série, desde quando Mariana foi embora de Caçapava do Sul, cidade natal dela, para estudar em Santa Maria.
Em sua opinião de menino, já com 11 anos de idade, achou que foi a melhor coisa que os pais dela fizeram na vida, depois de fazerem ela é claro. Desde o primeiro dia de aula seu coração disparou por aquela menina loura, olhos cor de mel, e diferente de todas as meninas que já havia visto até os dias de hoje.
Ele se identificava com ela, ela se identificava com ele, poderíamos dizer que eles eram almas gêmeas. Eram muito amigos, faziam trabalhos juntos, se entendiam muito bem, juntos faziam planos para o futuro.
Everton neste momento se viu envolto em seus pensamentos, lembrando de Mariana. Ela era apaixonada por educação física, sempre colocava o shortinho de educação física por baixo da saia do uniforme, não podia perder tempo, na hora de sua melhor aula, tirava a sua saia e saía em disparada para a quadra de vôlei do colégio.
Naquele dia, Mariana tirou a saia rapidamente, olhou para os lados e viu Everton, que estava estático ao seu lado, calado e corado, parecia uma pimenta, ela com a saia nas mãos, surpresa, olhou para baixo, havia se esquecido de colocar o shortinho por baixo da saia, estava somente de calcinha. Mariana, vermelha de vergonha, colocou a saia apressadamente e calou-se. Seu amigo também se calou, eles nunca tiveram coragem de tocar no assunto, guardando para sempre aquele segredo.
Com o passar dos anos, Everton nunca mais viu Mariana, seus pais mudaram-se novamente de cidade, guardando até o hoje a imagem daquela doce menina na sua cabeça. Por algum tempo, guardou também sua paixão por ela, que ele nunca teve coragem de contar, coisas de menino, não queria quebrar o encanto da bela amizade que tinham um pelo outro e com toda a certeza ficou pra sempre em sua memória.
Agora Everton, lembrou-se daquele fato inusitado, sentiu saudades e sorriu.

http://www.camarabrasileira.com/lt10-032

Só em uma caixa de brinquedos...

Só em uma caixa de brinquedos...

Só em uma caixa de brinquedos...
Eu posso guardar toda minha alegria,
E felicidade.
Podendo sempre abrir,
E compartilhar com meus amigos.
Sempre que puder, para quem vier.
E deixá-los alegres e felizes também.
Vai ser impagável ver o brilho,
De seus olhos.
Meus olhos brilharão também,
Porque de que vale mil brinquedos,
Se não tiver amigos para brincar.
Muitas vezes minha felicidade,
Ficará de olho em suas brincadeiras,
Fazendo-me mais feliz ainda.
Vou vibrar de emoção,
Toda vez que eles vibrarem,
Meus brinquedos serão mágicos em suas mãos.
E eu serei,
Um eterno aprendiz da vida,
Da emoção e da partilha, eu serei feliz.

(Para todas as pessoas que amo.)


http://www.camarabrasileira.com/enc10-024.htm

Ofereço flores para você.

Ofereço flores para você.

Para não dizer que não falei de flores,
Ofereço flores para você...

Para levar emoções a quem me apaixona,
Ofereço rosas vermelhas.

Para meus amores mais sublimes,
Ofereço rosas cor-de-rosa.

Para um amor incondicional,
Ofereço rosas brancas.

Para levar amizade,
Ofereço rosas amarelas.

Tudo que a razão tiver medo de falar,
Falarei com flores.

By Valdirene de Assunção Pereira


http://www.camarabrasileira.com/apol66-071.htm

Bem-me-quer

Bem-me-quer...
Malmequer.

Despetalei toda flor,
E com amor e com dor.

Vi ressoar,
Malmequer.

Não dei ouvidos à flor,
Que sua beleza perdeu.

Antes tivesse deixado,
Ela no galho em que nasceu.

Agora fazer o quê?
Vou mudar meu destino.

Quero meu amado, sim.
Quero-o só pra mim.

Não me importa mais a flor,
Coitada já teve seu triste fim.

Agora, só o que me importa,
É trazer meu amor de volta.

Malmequer já esqueci,
Agora só vou ouvir,

Pra sempre meu,
Bem-me-quer.

http://www.camarabrasileira.com/pv10-066.htm

Beijos

Beijos impensados...
Beijos roubados...

Existem beijos que dormimos para esquecer,
Outros que sonhamos para relembrar.

Beijos estalados...
Beijos imaginados...

Uns refletem ilusão,
Outros fazem disparar o coração.

Beijos encantados...
Beijos pensados...

Uns contam muitas histórias,
Outros ficam para sempre na memória.

Beijos molhados...
Beijos explicados...

Uns são para sempre escondidos,
Outros querem apenas ser repetidos.

Beijos sonhados...
Beijos sem explicação...

Uns nos dão a vida,
Outros nos tiram o ar.

Beijos quentes...
Beijos ardentes...

Uns são pura paixão,
Outros ficam somente em nossa imaginação.
http://www.camarabrasileira.com/ouro10-038.htm

A árvore da vida

Nela vejo os frutos,
Nascerem como se fossem duradouros
Amizades amadurecerem
E ficarem com um sabor todo especial.
Alguns apodrecem e caem.
Em outros fica o prazer, no sabor de quem os saboreou.
Uns enfeitam, uma mesa deixam bela,
A árvore da vida, mostra suas folhas bem vistosas,
Como se fossem lugares,
Lugares por onde passamos que ficam pra sempre,
Outros caem de nossa memória.
Em suas flores está toda beleza da vida,
Sua pureza e sua alegria.
No seu caule a dureza,
Dos desencontros,
Dos desamores,
Das incertezas,
Das decepções,
Das magoas,
Dos desafetos,
Das desilusões,
Na sua raiz está a prova,
Que temos pra onde ir, um solo firme para pisar.
Uma certeza de um retornar,
Uma nova esperança para surgir,
Mostrando-nos que onde há vida,
Sempre restará uma esperança.

Tempo

Tempo me respondas, por favor,
Quanto tempo, o tempo tem?

O tempo me respondeu, sem tempo,
Depende do teu anseio e fervor.

O tempo pode ter todo o tempo,
E também de tempo, não mais dispor.

Você tem de ultrapassar o tempo,
Que precisa tua dor.

Sendo pouco, todo tempo,
Quando for tempo, para o amor.

http://www.camarabrasileira.com/vv10-023.htm